sexta-feira, 6 de novembro de 2009

AOS MEUS AMIGOS NACIONALISTAS (SÓ DO LADO DE CÁ DA FRONTEIRA...)

via REVERENTIA by HNO on 11/4/09
Tenho muitos verdadeiros amigos nacionalistas, cuja amizade muito prezo e respeito, que sofrem de um estranho síndrome. Sendo atestadamente nacionalistas perdem tal atributo quando cruzam a fronteira e é vê-los ufanosamente embarcando em cançonetas imperialistas, esmagadoras de pátrias (identitárias) e de anseios nacionalistas. É um fenómenos que me intriga há anos. Estruturalmente nacionalista, aprecio-os a todos sem excepção, onde se justificam, como é o caso da vizinha Espanha, construção imperial e sangrenta (que o digam os catalães invejosos do nosso sucesso no século XVII) que data do século XVI. Eu a todos admiro dos galegos à nação sioux, todos me fazem sentido e creio que já não mudarei... Esta minha "limitação", creiam-me, muitas vezes me impediu de acamaradar com tantos deles quando alegremente partiam de cara ao sol para paragens mesetinas. Mas que raio tem aquilo a ver com o nacionalismo? Tantas vezes pensei, quase sempre sózinho...
Um recente livro, vertido em boa hora para a língua de Camões pela Oficina do Livro, sugestivamente titulado «A Grande Tentação» do historiador Manuel Rós Agudo, usando documentos que até à pouco estavam classificados demonstra que esse encantador de lusas catras ao sol sempre pretendeu invadir Portugal (exercício estratégico que fora, aliás, a sua tese para admissão ao generalato). Esse "amigo" que tanto devia a Portugal pelo apoio que lhe prestara no conflito de 1936/39 e que neste último ano firmara um Pacto de Amizade e Não-Agressão, por plano de Dezembro de 1940, pensava de facto, à semelhança das outras nações hispânicas que já subjugara, aumentar a sua colecção de troféus com Portugal... Ironia da história, foi Hitler que nos salvou.
Por estas e outras é que, com os espanhóis, sempre com um pé atrás como o Senhor dos Passos...

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