segunda-feira, 10 de agosto de 2009

BUSHMEN

via DIÁRIO DA ÁFRICA de Diário da África em 23/07/09
Encontrei o grupo perto do lugarejo de Kanovlei, região de Grootfontein, oeste da Namíbia.

Segundo os livros, não há outro grupo social ou linguístico que tenho sido mais estudado, filmado, pesquisado e escrito do que o povo San. Ou Bushmen. Ou Kalahari.

Os bushmen representam apenas 3% da população da Namíbia.

Ficaram mundialmente (no sentido de popular) famosos com o filme "Os deuses devem estar loucos".

Na Namíbia, há três grupos importantes: os Haixom, no norte das regiões de Otavi, Tsumeb e Grootfontein; os !Kung, em Bushmanland; e os Mbarankwengo, no oeste da faixa de Caprivi.

Os bushmen são caçadores e coletores de alimentos.

A expansão agrícola e a ocupação de terras pelos brancos reduziram sensivelmente as áreas em que os bushmen vivem.

Muitos ainda preferem viver nas aldeias, cujas áreas são protegidas por leis federais na Namíbia.

Há ONGs e fundações que captam recursos para manter a terra e garantir alimento, roupas e remédio para os bushmen.

Apesar de as fotos retratarem os bushmen como eles viviam, todos eles moram em casebres pobres na área da reserva perto de Grootfontein.

Recebem turistas e encenam o estilo de vida que levavam.

Alguns falam inglês.
São os que conseguiram ir à escola e são a ponte entre os mais velhos, os que não conseguiram estudar, e o resto do mundo.

Uma tabela de preços mostra quanto custa a simulação completa.

Pode-se contratar apenas a simulação de caça, de dança, de preparação de comida. Ou um pacote completo, com tudo incluído.

Assim que o acerto é feito, as pessoas são encaminhadas ao local onde entrarão na mata com os bushmen.

Em poucos minutos, eles aparecem caracterizados com as roupas tradicionais.
Aos poucos chegam mulheres e jovens que colocam à mostra artesanatos que vendem aos turistas.

Pode-se comprar antes ou depois da encenação.

Quando o ritual acaba, eles voltam para suas casas e vestem as roupas ocidentais.

Poderiam estar em qualquer lugarejo pobre em qualquer lugar do mundo.

Quando estavam na mata, com as vestes tradicionais, pareciam em completa harmonia com a natureza.

Ocidentalizados, provocaram estranhas sensações.

São um museu vivo.

Os bushmen estão entre os homens mais antigos do planeta.
Os primeiros registros de fósseis de ancestrais humanos foram encontrados há cerca de 60 mil anos no leste da África.

Na região do Kalahari, que engloba parte da Namíbia e Botswana, há registros de seres humanos há 40 mil anos.
Segundo os antropólogos, esses seres seriam os ancestrais dos atuais povos Khoi e Bushmen.

Os linguistas agruparam todas as línguas faladas no mundo em cerca de 20 famílias.
Desse total, quatro são muito diferentes das demais e fazem parte das famílias africanas, que incluem as línguas Khoisan e Niger-Congo, também conhecidas como Bantu.

As línguas khoisan se distinguem pelo vasto repertório de estalidos durante a fala.
Apesar de estranho, são consideradas línguas bastante sofisticadas. Do ponto de vista fonético, são as línguas mais complexas do mundo. Falar um delas fluentemente significa explorar completamente a habilidade fonética do ser humano.
Os bushmen são baixos.
Atribiu-se o fato à ausência de carne na dieta.


Os bushmen não caçam mais.
Os animais são protegidos por lei. Os alimentos agora são comprados nos mercados de beira de estrada e nas cidades próximas, com o dinheiro que recebem dos turistas, das ONGs e do governo.

Apesar de não viverem mais nas cabanas, os bushmen ainda se reúnem como na foto abaixo para as encenações turísticas e para mostrar aos mais jovens como era a vida dos antepassados.
Os mais velhos da aldeia não falam inglês.
Alguns dos mais jovens falam inglês, mas ainda são poucos os que conseguem autorização dos pais para estudar na cidade.
Muitos preferem que os filhos fiquem na aldeia (ou no vilarejo) na tentativa de preservar a cultura.
Este abaixo fala inglês e também trabalha como guia.
Para a maioria, não faz sentido ir para a cidade. Não há emprego.
Abaixo, a simulação de uma dança da chuva.
Homens e mulheres dançam com as pernas entrelaçadas.
Um dos guias da aldeia.

A venda de artesanato é contabilizada em detalhes.
Cada bushman produz suas peças, que possuem uma etiqueta com o nome do autor e o preço.
Depois, tudo é anotado no caderno e o dinheiro entregue ao dono.

Bushman volta para casa depois da encenação.

Na aldeia, os bushmen nas roupas ocidentais.

Meninas bushmen brincam.

Crianças bushmen no quintal de casa.

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