terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

1ª Conferência Pública do MIL: “O Futuro da Lusofonia”: Notas e Vídeo Completo

via Q u i n t u s de Clavis Prophetarum em 03/02/09

Embaixador Lauro Moreira
.A CPLP devia patrocinar mais projetos multilaterais e menos projetos bilaterais
.A CPLP teve um papel importante, mas pouco mediático, nas duas crises na Guiné-Bissau, São Tomé e Princípe e Timor.
.A CPLP tem atualmente três papéis:
..Concertação diplomática
..Promoção da Língua Portuguesa
..Concertação de projetos de desenvolvimento e cooperação
.Recentemente ocorreu um avanço importante para a língua portuguesa
..Novo Acordo Ortográfico ratificado em Portugal e no Brasil
..Repondo a união quebrada unilateralmente por Portugal em 1911
..Os jornais brasileiros já estão a adoptar a nova ortografia
.A CPLP é carateriza pela assimetria entre os seus países, compare-se o 5º maior país do mundo, o Brasil, com um dos menores, São Tomé e Princípe.
.A Universidade UNILAB, virada para as necessidades de África com metade das suas vagas reservadas para estudantes dos PALOP
.Futuro da CPLP
..Aprofundar os laços da CPLP com entidades regionais, que os países da CPLP já integraram, como a União Europeia, o Mercosul, a ASEAN, etc
..Organizar secretariados para outras áreas, além da área da Defesa, que já funciona bastante bem. Por exemplo, nas Finanças, Comércio, Ciência e Tecnologia, etc.
..Devia haver em cada país membro da CPLP um núcleo de apoio, um interlocutor que trate exclusivamente dos temas da CPLP
..Mais países além do Brasil e de Portugal deviam estabelecer embaixada na CPLP
..A sede num antigo palácio lisboeta é insuficiente e haverá que buscar nova sede rapidamente. Talvez num dos edifícios da Expo, o que está neste momento em negociações. O Brasil já reservou 600 mil euros para esse fim.
..As pessoas não podem ficar sempre reclamando que esperam mais da CPLP, como se esta fosse a única responsável. Os cidadãos são os primeiros responsáveis pela mudança da CPLP.
..Não existe uma CPLP fora de nós, a CPLP somos nós.
..Devia haver uma muito maior liberdade de circulação de pessoas no seio da CPLP. O Brasil tem no domínio dos vistos uma política muito aberta, já Portugal está condicionado pelo Tratado de Shengen.
..A questão cultural é grave: Por exemplo, o festival de cinema Cineport foi organizado estritamente por fundações e associações portuguesas e brasileiras, sem apoio da CPLP
..O IILP tem que ser profissionalizado. A representante do Institudo, por exemplo, é uma pública opositora do Acordo Ortográfico para a Língua Portuguesa de 1990, e isso deveria colidir com as funções do seu cargo. A direção do IILP devia ser escolhida por um concurso público internacional.
Miguel Real
.Já se ultrapassou aquilo a que Eduardo Lourenço chamou de "complexo de ressentimento" que deformou as boas vontades na Lusofonia.
.A Lusofonia não tem um foco político ou económico mas civilizacional. Mais do que política é na língua que reside a fundamentação e rectaguarda da lusofonia. Não é pelo Comércio, mas pela língua que se fundamentará esse espírito comum.
.Um dia talvez se faça comércio dentro da lusofonia, como se faz hoje dentro da União Europeia…
.É fundamental ultrapassar os problemas culturais entre os países da CPLP, que a podem fazer estagnar. É com alegria que vim a saber que a CPLP esteve presente na resolução dos problemas da Guiné e de Timor.
.A função da CPLP é essencialmente de mediação nas áreas de Saúde, Tecnologia e Defesa. Estas capacidades de mediação devem ser ativadas em momentos de conflito.
.A expressão "Casa da Lusofonia", como forma de designar a CPLP (Lauro Moreira) deve ser uma forma a reter.
.Deve ser o "espírito da Língua", o denominador comum da CPLP.
.A Lusofonia deve propôr-se a criar um novo rosto cultural no mundo. Se se ficar pela concertação de interesses económicos ou políticos nada a distinguirá do Mercosul ou da União Europeia. A CPLP não poderá ser uma União Europeia multicontinental, sujeita às flutuações dos interesses dos países mais poderosos. Ou a Lusofonia assim procede ou não terá outro destino que não seja a repetição do passado recente em que cada país tenderá a ser tão dominador quanto maior fôr a sua força económica.
.O desafio consiste em criar um "choque cultural" novo, tornando-se assim numa comunidade éticamente exemplar no mundo.
.A CPLP deverá reger-se pela solidariedade ativa entre os seus membros, independentemente de índices demográficos e económicos, formando um manto de Justiça que se estenda por toda a Lusofonia.
.A CPLP deverá bater-se pela unificação dos sistemas de Saúde e Ensino e por um "Passaporte Lusófono", como consta na Declaração de Princípios do MIL.
.Daqui a 300 anos se o Portugal europeu não fôr mulato a Lusofonia falhou.
.A tecnologia deve servir a Cultura e não o contrário, como fez a Europa nos últimos cento e cinquenta anos, criando o egocêntrico Homem Europeu.
Parte 1 (Lauro Moreira)

Parte 2 (Lauro Moreira)

Parte 3 (Lauro Moreira)

Parte 4 (Lauro Moreira)

Parte 5 (Miguel Real)

Parte 6 (Miguel Real)

Parte 7 (Miguel Real)

Parte 8 (Miguel Real)

Parte 9 (Debate)

Parte 10: (Debate)

Parte 11: (Debate)

Parte 12: (Debate)

Parte 13: (Debate)

Parte 14: (Debate)

Parte 15: (Debate)

Parte 16: (Debate)

Parte 17: (Debate e Encerramento)

As "MIL Conferências" são uma organização do MIL: Movimento Internacional Lusófono

1 comentário:

Rui Martins disse...

Obrigado pela referência!
mais conferências MIL haverá!

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