segunda-feira, 14 de julho de 2008

Há 40 anos:eles deram a cara por Portugal

Éramos uma nação que se fez com o sangue, o sacrifício, o viver junto de povos de todas as cores e continentes irmanados num mesmo sentir - o serem portugueses e quererem continuar a ser portugueses. Este portugalinho de 200 quilómetros não é o meu Portugal, não é o Portugal dos meus irmãos africanos.

Os Cristóvãos de Moura decidiram esquartejar a Pátria pelas costas ao serviço dos imperialismos estrangeiros. Aquele era o meu Portugal, como foi o Portugal de todos, metropolitanos e ultramarinos, durante mais de 5 séculos. Construiu-se obra no Ultramar, fazia-se uma nação forte, construia-se um futuro de dignidade para os 22 milhões de portugueses que então havia. O holocausto que caiu sobre nós, como Pátria e como nação, foi a maior catástrofe que desabou sobre um povo. Quebrou-se esta esperança linda e na traição e na desonra morreram milhões de compatriotas nossos.
Rui Moio
via COMBUSTÕES by Combustões on 7/13/08








Imagens com 40 anos. Coisas de outro mundo que a já ninguém parecem interessar. Eles deram voz a uma certa ideia de Portugal que a Revolução e depois a Europa quiseram enterrar nos quintos do inferno. Enquanto assisto em directo, pela tv, à morte dessa ideia de Portugal, sinto que regredimos. Hoje já não somos um povo, mas uma tribo; já não somos uma nação, mas um país. Acabámos mal: desprezados pelos europeus, envergonhados do nosso passado, só nos resta um lugar marginal de bantustão no puzzle das pequenas negociatas em que caiu o velho continente. Saudosismo ? Não, vergonha por ver o meu país reduzir-se à condição de uma Sérvia, de uma Croácia ou de uma Macedónia.

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