sábado, 22 de janeiro de 2005

Deslocação a Berlim - 21 de Janeiro de 1996

Hoje é dia para comemorar. Faz 9 nove anos que fui a Berlim pela Universidade Aberta para proferir uma conferência internacinal. Como o tempo passa! Na altura, tinha a esperança de estar a viver uma viragem de 180 graus na minha vida. Finalmente, parecia chegado o momento de poder vir a trabalhar como professor e investigador nalguma universidade, a adquirir não só o grau de mestre mas também o de doutor a que se seguiriam cursos de pós-graduação e muitas e muitas viagens ao estrangeiro para conferências e debates com os meus pares - doutores e investigadores. Na altura, pensava que já estava alguns anos atrasado para conquistar o futuro que merecia e que tanto desejei e desejava. Assistia ao abrir de portas para o mundo. Estavam a entreabrir-se; era apenas necessário continuar com o que ia fazendo e determinado a continuar bater-me pelo meu futuro na conquista da viragem total. Estava com uma licença sem vencimento que era para duar alguns anos. Saíra há meses da vida estupidificada do Instituto Geográfico e Cadastral e dia a dia era confrontado com mimos e considerações por parte das professoras e professores do mestrado. Depois, fez-se o mestrado com alto brio e convite para fazer o doutoramento. Seguiu-se um ano de amarguras na busca de uma colocação que me tirasse definitivamnte do antro de desconsideração que era o inferno do Instituto a que pertencia. De novo, entreabriram-se portas, nomeadamente a hipótese de trabalhar como secretário de um curso de mestrado e como assistente para a Universidade Aberta enquanto faria o doutoramento em Ciências Sociais. E, ainda o de trabalhar como assistente no Instituto de Investigação Científica Tropical. Depois, tudo se gorou, e o que restou foi a sorte de ter ido parar a Biblitoeca Nacional onde se seguiram uns dois anos de concepção e monitorização de cursos de formação na área de Psicologia, a integração no quadro de pessoal da Biblioteca Nacional. Foi uma mudança radical mas o doutoramento ficou por se fazer. Uns anos depois, poderia enveredar pelo doutoramento na área da violência nas escolas na Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia da Universidade de Lisboa mas não sentia interesse em encetar um caminho novo nessa área. E, agora, passaram-se já 9 anos sobre a deslocação a Berlim, o maior marco da minha vida à excepção da defesa da tese de mestrado e o o doutoramento está por se iniciar... Publicações também quase que não houve... Sinto-me fracassado, por não ter conseguido ultrapassar o desapoio e pesadissimo ambiente doméstico que era e é completamnte contrario aos meus interesses mais profundos de vida e de conquista da felcidade. É necessário voltar ao combate mas aogra a hipótese de ganhar uma bolsa está longe, muito longe, talvez reste ainda a possibilidade de poder vir a dar umas aulitas nalguma universidade...

Jornal Íntimo de 21Jan2005

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