domingo, 11 de julho de 2004

Boletim Alma Viva nº 2

ALMA VIVA
Fevereiro de 2003 Semana de 16 a 22 Volume 1, Number 2
Viveres
de um mestiço cultural
de uma família Africana
de uma nação de muitos povos
de uma PÁTRIA de inúmeras ilhas e de todos os continentes

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INDICE
Um escravo de nome Epromter
Berlim de hoje e de 1996
Um projecto – ALMA VIVA

A minha biblioteca


Sempre que entro na minha biblioteca sinto um agradável estado de paz de alma e um convite à meditação e ao relaxamento. Tudo o que aqui está me encanta, é a estante majestática e as outras duas não menos imponentes apesar de mais pequenas, é o ter ali o registo de toda a minha vida, os papéis que sempre me acompanharam e que representam os sonhos concretizados ou em projecto por cumprir. São documentos que atestam uma vida ao serviço do culto da cultura e do prazer que essa actividade sempre me deu. É aqui que se encontra o meu fiel secretário que, desde 1982, é o computador, onde tenho guardadas as minhas muitas bases de dados do conhecimento e os meus escritos. Aqui está a cadeirão de campismo onde, semi-deitado, admiro o magnífico nó rodoviário em baixo com o seu movimento constante de viaturas e o horizonte leste que, amiúde, nos oferece o espectáculo da lua cheia nascente. Por vezes, com os binóculos presos ao tripé, noite fora, observo as sombras nas crateras do terminator. Que espectáculo!...
Sentado à mesa de campismo ou relaxado no cadeirão-divã releio páginas de geografia, de história, de psicologia, de sociologia, de etnografia, de literatura de viagens...
Encanto ... que também vem do sentido do tacto ao folhear as folhas dos livros ou dos cadernos, do sentido do olfacto com o cheiro da cola, das tintas, do papel... do sentindo da audição pela modorna dos decibeis abafados do movimento dos carros na CREL, do sentido da visão pela magnífica paisagem de miradouro, desimpedida até ao horizonte, que se vislumbra do alto deste 6º. andar.
Encanto, sobretudo, pelo prazer espiritual que se respira aqui, que potencia um alto estado de alma propício à meditação e ao exercício de actividades intelectuais, ao narcisismo de projectos concretizados e ao sonho, ao sonho de projectos por cumprir. Local de encontro de um passado que se aprecia e de sonho para aventuras intelectuais de registo de pensamentos e de ideias, de literatura....
Sem dúvida, local dos deuses, este!...

08 de Setembro de 2001

Quero ser todo, completamente

Na minha relação com os outros
transporto para com eles o que sou para mim.
A mor das vezes quero que sejam para comigo,
o que sou para eles
e, com um certo egoísmo até,
pretendo que sejam para comigo
mais do que eu sou para com eles.

Quero ser todo, completamente.
Necessito viver na totalidade.
Sentir " tudo de todas as maneiras ".
Que os outros me considerem do mesmo modo
completamente, me admirem, me escutem, e me amem

Quero exprimir o que naturalmente sinto
e, porque para mim é tão bom ...
gosto que os outros possam também sentir o que sinto.
Quero partilhar com os outros e comigo próprio
esta alegria que sempre sinto
em qualquer lugar e em todos os tempos.

Necessito que se manifestem,
que mostrem ter recebido a minha mensagem
com votos que ela crie em todos
sentimentos e emoções tão fortes,
quanto os que senti e sinto
quando transmiti ou transmito o que sempre sinto
em qualquer lugar e em todos os tempos.

Redigido e pensado a 03 de Fevereiro de 1999

Jornal que pretende veicular
Memórias evocadas, momentos de poesia, reflexões e apontamentos sobre Literatura, História, Geografia…

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